Brandon Sanderson detalha as diferentes maneiras de se escrever usando o Ponto de Vista em Primeira Pessoa, e fala sobre as vantagens e desvantagens de usá-lo.
NOTAS DA AULA 03 PARTE II
Vantagens do Ponto de Vista em Primeira Pessoa
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- Mais fácil para que o leitor se identifique com o personagem;
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- Cria uma conexão rápida com o personagem;
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- Mais simples que escrever em 3ª Pessoa;
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- Se a história só tiver um PdV, não há muita razão para se escrever em 3ª Pessoa;
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- Permite que você tenha um Narrador não confiável;
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- Ele permite trapacear em algumas coisas, como em info-dumps (despejo de informações).
Desvantagens do Ponto de Vista em Primeira Pessoa
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- Subentende-se que o personagem-narrador sobrevive à história (não é necessariamente uma coisa ruim ou uma desvantagem em alguns casos). É possível contornar esse problema usando truques ou molduras para a história central.
Obs: No Brasil, uma das nossas obras literárias máximas tem um ‘defunto-autor’, o que mostra que há muito tempo o recurso de um narrador-personagem que morre no fim da história já é explorado, portanto não é uma coisa super inovadora.
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- Limita o número de personagens com PdV na história. Se você estiver escrevendo um épico com vários pontos de vista distintos, usar a 1ª Pessoa é uma receita para o desastre. Os leitores costumam ficar confusos quando há mais de dois personagens em 1ª Pessoa, pois todos eles referir-se-ão a si mesmos como “eu”.
Tipos de Ponto de Vista em Primeira Pessoa
Além do simples personagem-narrador, que relata as coisas que acontecem/aconteceram com ele, é possível ter mais dois tipos diferentes:
Primeira Pessoa Epistolar
O personagem-narrador conta a história a um interlocutor por meio de cartas, diários, relatórios, blogs, etc.
Personagem-Narrador Reflexivo
O protagonista, agora mais velho, conta suas experiências de vida que aconteceram anos antes, e reflete sobre elas.
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